Sobre a dignidade das mulheres
Ainda temos um longo caminho a percorrer
Vi uma publicação no Facebook da Pipoca, sobre o vídeo em que o Wuant e a Owhana anunciam o fim da relação. Sinceramente vivo bem sem essa informação, mas houve um ligeiro detalhe que me saltou à vista: O total desrespeito pela miúda.
Para quem não conhece os jovens mencionados, só posso dizer que são youtubers com uma considerável legião de fãs. Parece que em tempos foram um casal sensação do youtube, mas que o amor encardido terminou.
Resumindo os cerca de 7 minutos do vídeo, o homem diz que não houve zanga, mas que precisa de experimentar outras coisas, que é como quem diz outras meninas. Que foram o primeiro um do outro, chegando mesmo a utilizar um vocabulário muito pouco apropriado, tendo em conta o seu público, e que não quer partir para um casamento e descendência sem chafurdar outra qualquer. E tudo bem, cada um pensa o que quiser, é uma das maravilhas das democracias liberais! O problema aqui é que ao lado deste palerma está uma jovem visivelmente transtornada, triste com a separação, a ser humilhada por aquele que um dia deve ter dito que a amava. A miúda chega ao ponto de falar e receber como resposta um flato. Sim, um flato.
E isso não é aceitável. Por mais que me esforce, não consigo perceber o que leva uma rapariga a sujeitar-se àquilo. A aturar um bronco daqueles. A fingir que concorda com as palavras dele. O que a leva a gravar um vídeo em que um gajo diz que já pensa em dar-lhe com os pés há dois anos. Dois anos, senhores!
A mensagem que o agora ex-casal passa naquele vídeo é que não há problema nenhum em descartar uma rapariga, mesmo que com a promessa de um dia voltarem. A conversa de "isto não é um fim" é o velho discurso de quem vai tentar comer tudo o que tiver sinais vitais e depois de apanhar umas quantas DST's vai pedir para voltar. E nesse dia, espero que a Owhana perceba que este pontapé no rabo foi a melhor coisa que lhe aconteceu.