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O Blogue da Mafalda

Somos todos normais, até termos filhos! | Por Ana Fagundes Lourenço

O Blogue da Mafalda

Somos todos normais, até termos filhos! | Por Ana Fagundes Lourenço

Quase 3 anos de Mafalda e eu estou com uma crise existencial

08.07.19, Ana Fagundes Lourenço

À beira de fazer os três anos - nem acredito que é já este mês! - a Mafalda está crescida e o seu desenvolvimento muitas vezes nos surpreende.

Não é que seja mais esperta do que os outros, nada disso, mas como é a primeira filha tudo é uma descoberta, uma novidade! Já tínhamos sobrinhos, mas um filho é sempre diferente.

Apesar de olhar com muito orgulho para esta criança, que é uma mistura perfeita de nós dois (com todas as qualidades e defeitos a que tem direito), não deixo de sentir uma certa nostalgia. Há sensivelmente 3 anos eu estava gordíssima e farta de estar grávida. O medo do parto era muito inferior à vontade de deixar de estar grávida. Não gostei da gravidez, apesar de ter sido muito boa em termos clínicos. Na sua primeira consulta de pediatria (tinha 2 semanas), o Dr. Luís perguntou se tinha saído como queríamos. Respondi que era muito melhor do que alguma vez havia imaginado. E era! A Mafalda superou todas as minhas expectativas. E penso que todas as mães pensam o mesmo.

E agora cá estou eu, sentada a lembrar-me de todas as vezes que ela se enroscou em mim, pequenina e indefesa, totalmente dependente dos pais. Das vezes em que caiu, mas logo de seguida se levantou, das vezes em que tentou pôr uma colher de sopa/iogurte/fruta na boca mas deixou cair tudo no chão. Das vezes em que entrei em pânico por não saber como acalmá-la! Hoje quer escolher a roupa, pintar os lábios de vermelho e calçar os meus sapatos. Quando lhe perguntam se está a comer um gelado, responde que é um "ice cream" com ar indignado e, o pior, está cada dia mais teimosa.

A minha filha está a crescer a um ritmo alucinante e eu nem sempre sei como lidar com isso. Parece parvoíce mas, se por um lado festejamos as vitórias e evoluções, por outro ficamos...nem sei bem como.

Mas faz parte do nosso trabalho enquanto pais, dar asas para um dia voar. Até esse dia chegar, só temos de aproveitar muito bem o tempo que passamos com ela.

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