Fotos dos filhos na Internet. Sim ou não?
Tenho amigos que já tiveram filhos e eu - por estar longe - nunca os vi. Por outro lado, tenho amigos e familiares que estão longe e que me permitem acompanhar a evolução dos seus filhos através da partilha de fotos e vídeos no Facebook. Os meus dois sobrinhos são exemplo disso.
No que respeita a este assunto, não é fácil chegar a um consenso, mas a verdade é que a Internet veio para ficar e está cada vez mais presente nas nossas vidas.
Eu já partilhei fotografias da minha filha. Acho que não a coloco em risco com a partilha de uma foto sentadinha no sofá enquanto olha para a televisão, ou no colo do pai.
Claro que há regras e limites para a exposição de crianças na internet e a minha regra é simples e clara: Só partilho na internet aquilo que qualquer pessoa consegue ver quando saio à rua com a Mafalda.
Como devem calcular não vivemos propriamente enclausuradas. Já a levei ao café, ao supermercado, ao meu trabalho, a jantares de Natal. Não tendo familiares com quem deixar, a Mafalda acompanha-me em tudo (e ainda bem que assim é) e, por isso, muita gente a vê. As pessoas interagem com ela, falam, tocam (esta parte não é muito agradável quando se trata de uma pessoa estranha) e ela reage com sorrisos. No jantar de Natal do trabalho do meu marido, a Mafalda saltou de colo em colo e perdi a conta aos beijos que levou. Não será este contacto presencial mais perigoso do que uma fotografia no Facebook? Eu acho que sim...
Mas há casos e casos e muitos pais esticam-se na partilha de imagens e vídeos dos seus filhos. Como é óbvio, fotografias de crianças no banho, a mudar a fralda, em frente à porta da escola e/ou casa estão absolutamente proibidas!
Por cá vamos continuar com partilhas, dentro dos limites estabelecidos. Se a Internet está cheia de perigos, a rua também. Os raptores e pedófilos não estão apenas no Facebook, eles também vão ao café e ao supermercado e ninguém altera a sua rotina a pensar nisso.