Entrámos nos "terrible two"
No dia 26 de Julho festejámos o segundo aniversário da Mafalda e...a entrada nos chamados "terrible two".
A minha bebé cresceu e percebeu que é um ser autónomo e não uma extensão da mãe. Tem vontade própria e uma grande intolerância ao "não".
A fase não é propriamente uma novidade para mim pois já estagiei com os meus dois sobrinhos. O problema é quando estamos sozinhos com uma bebé que grita por tudo e por nada e não temos ninguém com quem deixá-la durante dois minutos para, sei lá!, fazermos ioga ou contarmos até mil. Não havendo alternativa, temos de contar até dois mil enquanto a criança berra.
O dia começa com "não": Não quer despir a camisa com que dormiu, não quer mudar a fralda, não quer vestir a roupa para ir para o colégio, não quer que lhe lavemos os dentes (acha que é muito independente e que trata do assunto). Uma pessoa acorda e 15 minutos depois já só pensa em emborcar uma caixa de Xanax!
E as birras propriamente ditas? Que delícia! Ouve um "não" - aquela palavra maravilhosa que deve ser usada no processo educativo - e passa-se! Em tempos desatava às cabeçadas (no chão, na porta, na parede), agora grita e deita-se no chão. Progressos, senhores. Temos progressos.
Apesar da criança estar completamente possuída pelo demónio, eu adoro-a e sei que - muito lá no fundo - ela também adora a sua mãe. O problema é esta sua maneira, digamos que peculiar, de demonstrar afectos. Confesso que ouvir berros e levar dentadas não é muito agradável.
A boa notícia é que, em princípio, isto passa. A má é que esta fase tende a durar anos.
Desejem-me sorte e dêem-me sugestões de bons vinhos para me aguentar!