Desculpe, como disse?
Compreenderia - mesmo sem aceitar - esta conversa se a discussão fosse sobre princípios morais da Idade Média. Mas não. Estas palavras foram proferidas por uma psicóloga que, mesmo sendo católica, não deixa de ser psicóloga. Faz parte daquela classe profissional que procuramos quando os nossos filhos sofrem de bullying, por exemplo, por serem gays.
Comparar um homossexual a um toxicodependente é mais do que uma demonstração de ignorância. É mesquinhez. Não, minha senhora, os gays não sofrem mais do que os hetero. Quantas adolescentes melodramáticas dizem que se querem matar porque o namorado terminou a relação?
Enquanto escrevo este post, a minha filha de 3 meses dorme serenamente na sua caminha. Se é gay ou hetero, só o tempo dirá. Acredito que não se trata de uma mania, nem de uma doença. É uma orientação, só isso. Para quê tanto drama à volta de uma coisa tão normal?
Se me aparecer em casa com uma namorada, recebê-la-ei tão bem como receberei um namorado. É que pouco me importa se é um João ou uma Maria, quero é que a minha filha seja feliz. E todos os pais deviam querer o mesmo.