Covid, senhores, que não se fala de outra coisa!
Estamos de volta!
Ainda que com um mês de atraso, gostaria de desejar um feliz 2021 a todos, apesar de já termos percebido que continua a mesma treta.
Muito se tem passado neste país nas últimas semanas: Covid, SNS estourado, ajuda externa, confinamentos e cercas sanitárias. Sim, estamos saturados desta pandemia, mas temos de manter os cuidados sob pena da coisa descambar...ainda mais.
Irrita-me sobremaneira a mentalidade do português: Por um lado temos os negacionistas. Aqueles que dizem tratar-se apenas de uma "gripezinha" que só mata os mais frágeis. Aqueles que desvalorizam por completo o esforço hercúleo que todos os da linha da frente fazem para combater este flagelo. E a que leva esta atitude absolutamente irresponsável? A comportamentos de risco, que aumentam significativamente o número de casos e que levam à situação em que nos encontramos. São esses mesmos idiotas que depois vêm acusar a Marta Temido e o Primeiro-Ministro de incompetência/negligência.
Curiosamente, estes mesmos palermas são os que, quando confrontados com as medidas de restrição previstas para o Natal, se insurgiram, com o argumento de que "em minha casa, mando eu!", "os socialistas estão a interferir em assuntos privados", "isto é ditadura" e mais umas quantas alarvidades. O Governo, fraco como só ele sabe ser, cedeu e aconselhou a "festejar, mas com juizinho!", que se tratava de um voto de confiança. E o que nós fizemos? Merda. E o que aconteceu? Os números dispararam!
Não se trata de preferência política, até porque não é o caso. É uma questão de bom senso. Estamos juntos neste combate. Temos de repensar os nossos hábitos para que possamos regressar à normalidade, seja lá isso o que for, o mais brevemente possível.
Transferir a culpa da ruptura do SNS para o governo é desonesto. É dizer que os profissionais de saúde não fazem nada e que este entupimento das urgências é apenas um problema de má gestão. E todos sabemos que não é o caso. É, antes, má vontade da população de um país que se orgulha (ou orgulhava!) de ser honesto e solidário.
Eu gostava tanto (tanto!) que os portugueses acordassem e colaborassem. Gostava ainda mais que a oposição sensibilizasse o seu eleitorado no sentido de se respeitarem as orientações das autoridades de saúde. É que de charlatões está o país cheio, precisamos é de líderes!
Cuidem-se!